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Páscoa 2014 - Ataque ao coelho - 17, 18, 19 e 20 de Abril - Tomo II

Sábado 19 de Abril
Depois de momentaneamente saciada a saudade de escalar, havia que enfrentar medos pendentes.
Os dois primeiros largos já estavam abertos, limpos e encadeados há largos meses.

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MC a abrir o 2º Largo, Junho de 2012

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a repetir o 1º largo em Setembro de 2012

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Mc a repetir o 2º largo em Setembro de 2012

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Taia no "Passo da guilhotina", 2º largo, Setembro de 2012

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Incursão na placa do 4ª largo, Setembro de 2012
(nesta altura escalamos por um diedro que descobrimos ser da 3º Porta para Shambala)


Algumas incursões ao 4º largo também já tinham sido feitas. Já tinha-mos todos mais ou menos interiorizado o traçado final, mas talvez por sabê-lo penoso não se reuniram vontades, e a saída por cima foi sendo adiada.

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Por onde ficamos em 2012


























Chegou a época dos festejos ao coelho (Páscoa 2014), e com as desculpas esgotadas regressamos cheios de vontade. Havia que escalar rapidamente o terreno conhecido, para chegar a mares nunca antes navegados.

O MC abre o primeiro largo que partilha a 1ª reunião da "edelweiss". No segundo largo, permitiram-me ir leve o suficiente para encadear. Isto de berbequins quitados com baterias de mota, até que fazem muitos furos, mas pesam como mil demónios.

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com a cabeça na Guilhotina

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A chegar à R2

Chegados ao fresco bosque da 2ª reunião, o MC enfrenta um pequeno extraprumo, onde coloca 2 pernos. Ajudado por um kit de nhunhas + umas poderosas garras de crocodilo, um mix infalível excepto quando salta a nhunha! Como aconteceu, e aí bate-se com força no patamar.


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Depois deste snack de adrenalina, há que sair tranquilamente para a placa, e ir escovando centímetro a centímetro à procura dos pequenos gratons, sempre com a miragem de uma fenda que se aproxima. Para de novo em placa chegar ao patamar, da travessia da 3ª porta para shambala, aproveitando a confortável reunião desta.



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A confortável reunião do segundo largo



Tínhamos acabado de abrir o largo de ligação que nos faltava a esta placa, onde já tínhamos chegado, salvo erro há dois anos, e colocado 3 chapas a "burilador". Muito cansados naqueles tempos, alternavamos umas 10 marteladas cada, baixava-mos rapidamente a descansar no conforto do patamar.


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Em 2012, a trocar de turno.





























Calha-me sair à frente, e passando as 3 chapas de terreno já conquistado, há que sacar de escova. E isto de içar 14 kilos de bateria, sobre uma nhunha mal assente num grão de milho, dá vontade de seguir mais um pouco à procura de pepitas maiores, idealmente do tamanho de nozes, mas se forem do tamanho de uma azeitona menos mal, e daí pode-se içar a pesada carga, afastando rapidamente as lembranças do arejo, e dispersar os tremores na paisagem, que afinal aqui de cima as vistas até são largas e bem bonitas.



Chegada a máquina, há que acomodar as baterias para que o fio chegue, mas de forma que o seu peso ajude no precário equilibrio. Este parágrafo todo, só do saudosismo do meu burilador de duzentos gramas. Onde há só a parte comum à diabólica máquina, de esticar o braço devagarinho, mas de forma que o ângulo do perno fique minimamente correcto, e certificando a existência de algo que se possa agarrar  para permitir a chapagem, aos bravos repetidores.



Pensava eu que aberturas de burilador, forçavam a consciência na hora de furar, a uma reflexão profunda sobre eventual necessidade. Que de burilador se furava sempre menos, porque com a bruta máquina, o trabalho facilitado dá aso a precipitações.
Mas, é exactamente ao contrário!
Quando me via sobre frágeis gratons, só a lembrança de içar tamanha carga, (não fosse a minha já suficiente), me fazia dar mais dois ou três passinhos nervosos na procura de algo mais sólido.

Ou talvez seja mais uma miragem de fenda, que com cântico de sereia, faz-nos naufragar nas placas sem regresso.
O desejo ou o auto-engano, de que nela a proteção será plena e duradoura, faz-nos ir cegos. Mas eis que dita "fenda" já ao alcance, não é mais do que uma pequeno lábio aberto, que beija como quem morde, e nesse momento a crua realidade bate de chofre, a última chapa reluz lá em baixo ao longe. Puxar a máquina é para esquecer, o pânico! Ou a paisagem que está erguendo os olhos e é larga e bela. E refrescados sempre se sobe mais um pouco. Com estes ou outros sentimentos, (com estes a história fica melhor), coloquei mais dois pernos.


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É felizmente a vez do MC. Repensamos a estratégia a três! A Natália tratava de assegurar, eu subi por uma corda que o MC fixou na primeira chapa, e com a ajuda de um estribo consigo colocar-me bem alto, para segurar as baterias. Desta forma o MC pode estar sobre os crocantes gratons sem o peso adicional, e fazer a bricolage mais levezinho.

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Coloca mais dois pernos, sai em livre e no último momento, com um dinâmico a duas mãos lança-se no ar, o tempo desacelera ou nós que estupefactos é que congelamos! Crava os seus dedos arqueados em dois tufinhos de erva, soltando um cómico MIAUUUU!
Demorou tempo até conseguir-nos rir. Talvez o tempo em que ele esgravatou com os pés, até conseguir sair em mantel para o patamar ervoso. Onde uns carvalhinhos e umas fendas permitem montar uma confortável reunião.

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Novamente eu à frente, novamente placa, depois de colocar uma primeira chapa já no lusco-fusco é hora de descer, que amanhã também é dia.

Ao rapelar o MC diz que viu uma víbora cornuda na fenda do 2º largo da cânticos pastais, que usamos para rapelar. Com pouco apetite e já demasiado tarde, não cozinha-mos, comemos umas coisitas tipo snack e fomos nanar.


20 de Abril. Domingo de Páscoa. Aleluia habemos via.
Combinamos começar a escalar às oito ou oito e meia, até nos levantamos bem cedo, mas com os preparativos todos só saímos do chão lá para as dez.
Para aceder rápidamente à "zona", onde tinha-mos chegado no dia anterior, escalamos a cânticos pastais, recusando-me a enfrentar a víbora e até porque já tinha sacado o 2º largo, fiquei com o primeiro e o Cunha abriu o segundo.

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no passo da víbora cornuda

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MC no 2º e espetacular largo da "cânticos pastais"

Estes dois largos são de grande qualidade e beleza, obrigatórios para quem não conheça.
Desde a R2 da  cânticos pastais, metemo-nos num diedro que deve ser da via 3ª porta para shambala, e fazendo uma travessia, acedemos à reunião no patamar dos carvalhinhos.



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Usando a técnica do dia anterior coloco mais um perno. Daqui nova miragem de fenda, mas nesta é possível proteger com um amigo dos grandes.

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De novo trabalho a três para colocar mais três pernos. E num golpe de coragem, quase obrigado, o MC sai para a esquerda, por bons gratons para um esporão que faz fronteira com o "jardim da árvore oca".

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O sol ia já adiantado na sua caminhada rumo ao horizonte. Tinha-mos a opção da saída pelo canal, ou aquele largo espetacular, do qual ninguém tinha falado... como manda a etiqueta do bom cavalheiro.

O MC disponibilizou-se para ir espreitar, estávamos já com receio das horas, mas todos com vontade de terminar. Depois de algumas hesitações e mais trabalho de equipa, depois de um off-width inicial, onde foi colocado um perno e um diedro final onde mantivemos um carvalhinho. Estávamos na reunião por cima da cabeça do grande símio. Felizes e cansados. Nuvens negras a aproximarem-se fizeram-nos acelerar o passo para o largo de saída da "Duelo ao Sol".

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início do off-width


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Off-width onde foi colocado um perno.

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MC à procura da transição para o diedro / fenda, onde colocar "amigos de confiança"


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diedro do carvalhinho


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a moda das selfies
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Parapapapapapapapapapa Parapapapapapapapapapa
Papara, papara,
Clack Bum
Parapapapapapapapapapa

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Chegamos ao cume já de noite. Baixámos carregados, sujos e suados, comemos umas latas de sardinhas já perto da meia noite. O MC ficou lá a dormir, e nós com compromisso cedo para o dia seguinte, regressamos a casa.

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Na fronteira do "legado"





Fica o esboço de croqui, ainda a afinar os graus, porque não tivemos tempo de forçar em livre os últimos largos.
Aos repetidores, levar um jogo completo de friends, 5 e 6 incluido. Um jogo de aliens / microfriends.

Que o abismo vos proteja.
AB

fear is born. concluded and complete! soon.

na meadinha

parallax

PARALLAX. 3 de Maio 2014

2012-04-5 e 6
Estávamos na Páscoa de 2012.


Por lá andavam outras cordadas mas o tempo andava húmido.
Numa quinta-feira dia 4 de Abril de 2012, rumamos eu e a Natália, à zona da fraga da Meadinha conhecida como o "legado", em homenagem aos espanhóis e portugueses, que deixaram esta zona da parede para as gerações futuras.

É claro que isto contraria a máxima, inscrita nos evangelhos de Susifer, de que na Meadinha está tudo aberto. Talvez não seja uma "máxima", mas sim uma "profecia", uma espécie de boas NOVAS.  Desta forma o "Está tudo aberto" passa a "Estará tudo aberto", como quem diz que um dia na Meadinha, tudo será aberto e tudo será encadeado em livre.

E mais tarde, muito mais tarde, "...virá UM que será muito maior do que nós, fará todas as vias, no dia e sem corda, e nesse dia vai chover, nevar e no final fará muito calor, um Anjo descerá em rappel a tocar corneta. Uma poderosa voz de uma nuvem escura dirá '...lo tengo todo' e soltará um forte guincho de coelho..."

Com estas e outras divagações, entramos naquele tempo, pela "Caravela Roxa", e montamos reunião com "entalecos", num confortável patamar.

Saímos do patamar, por uma fissura diagonal para a direita, ainda comum à "Caravela Roxa", direito a um pequeno muro vertical.  Este muro particular, com cerca de 3 metros, e uma fissura de cada lado marca o início do terreno inexplorado.
Superado este muro possível de proteger com material móvel, a parede tomba para placa e as fissuras cegam. O que muda o tipo de escalada agora para placa, e sem possibilidade de proteção móvel. Um piton que abana ao vento dá para enganar a sensação de vazio, e com mais alguns passinhos, chegamos a uma primeira chapa.
Este largo foi uma óptima escola de como colocar "pernos" em cima de "nhunhas". A progressão durante a abertura foi quase sempre recorrendo a unhas, quer devido à dificuldade em colocar material, quer à sujidade da parede. A demora na decisão de subir mais uns centímetros, faz-se notar bem no exagero do escovado. Já é tradição, que não havendo nada melhor para fazer, escova-se (geralmente escova-se mais quando não se vê uma possibilidade de progressão).
Com estas coisas neste primeiro largo, julgo que com o famoso e pesado barbecas do MC, colocamos 1 ou 2 pontos e descemos, deixando uma corda fixa - foi o primeiro dia.

No dia seguinte, sexta-feira santa, chovia copiosamente e acreditando (ou querendo acreditar) nos evangelhos, metemo-nos à parede, mas só deu com muita dificuldade e algumas escorregadelas para recuperar o material - foi o segundo dia.
O Sábado passamos quase à lareira e no Domingo fomos à autopista.



2012-7-1 - Conclusão do 2º Largo

A 1 de Julho daquele ano, decidimos ir terminar o largo das "fissuras paralelas", a burilador e com a sujidade existente, custou muitas horas o metro - foi o terceiro dia.












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A chaminé do 3ª largo, ficaria para depois.


O Terceiro largo, visto de perto parecia aterrador. Era necessário ir espairecer, ganhar forma e coragem.

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O rasto de caracol!




2012-10-6 e 7 - Abertura 3ª largo.

Voltamos 3 meses depois, não por estar mais em forma, ou por ter mais coragem. Voltamos porque certamente já nos tínhamos esquecido das visões aterradores (acontece sempre assim). No sofá de casa é tudo fácil e fazível, e é esta amnésia que nos vai permitindo sempre regressar.

E queria-mos também forçar em livre o 2º largo.

Desta vez com uma variante de entrada, de uma via antiga, que não aparecendo nos croquis 'oficiais', tem lá um piton a confirmar, tinha-mos escovado esta via esquecida por cima - foi o quarto dia.

Numa conversa com o Pedro Pacheco, ele falou de uma técnica de levar, julgo que uma foice na ponta de uma vara, para ir cortando as silvas e limpando à medida que ia subindo. Isso deu-me "cá uma ideia", e pensei em colocar a escova d'aço na ponta do bastão, assim conseguiria escovar mais metro e meio! Era como uma viajem ao futuro, conseguir ver os gratons escondidos pelo musgo, com uma antecedência até então impossível. E desta forma o leque de decisões ficava mais aberto. No terreno a técnica não se mostrou assim tão espetacular por várias razões. Desde o desconforto de carregar aquilo, o lixo que caia nos olhos, etc. Mas principalmente o facto de estando já escovado não tinha o pretexto para PARAR a escovar, era como se fosse pressionado / obrigado a ir, muitas vezes sem estar preparado mentalmente... Assim logo que pude deixei o bastão pendurado num ponto e segui à moda antiga de escova em punho.

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Natália a chegar ao patamar da "caravela roxa", onde montamos a R1

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Característico e bonito murinho.




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O anoréctico da escovagem!







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Natália a dar segurança de uma reunião, mais confortável (da via "Esperança").


A fissura vai cegando até que se transforma em placa. Onde foram colocadas algumas protecções fixas. Com uma curta travessia para a direita, ganha-se um novo canal/fissura. Daqui e já sob a luz ténue das estrelas rapelamos - foi o quinto dia.

2014-5-3 - Abertura 4º e 5º largo. Final.

Depois de um grande intervalo, havia que voltar.

Saímos na Sexta-feira dia 2 de Maio, e seduzidos por perfis montanhosos, vagueamos por terrinhas e aldeias à procura do desconhecido. Perto de Ponte da Barca, metemos por caminhos novos, passamos a Ventozelo, chegamos a Castelo de Aboim já de noite, afinal era este o cucuroto tipo cervino que se via muito ao longe.
Pelo caminho passamos em bloquinhos e fissurinhas, algumas espetaculares como esta com cerca de 10 metros.

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Paramos para comer qualquer coisita, nas lagoas acima do Soajo e chegamos à Peneda já bem avançada a noite.

No dia Seguinte para além de terminar a via, tínhamos que plantar dois carvalhinhos, um nosso e outro a pedido do Sérgio Duarte. Duas árvores que recebemos, eu e ele, a quando da participação no Carlos Sá Gerês Trail Adventures.


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Os dois carvalhinhos






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Na plantação.


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1º Largo da "Caravela Roxa"





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Desde a R1, ainda na "Caravela Roxa",
a sair do característico murinho, que marca a entrada na PARALLAX.
À esquerda é possível ver a fissura diagonal, variante de entrada.




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3º Largo, que foi vencido em Artificial.

Para além de tentar uma vez mais forçar em libre o 2º Largo, havia que chegar rapidamente ao ultimo sítio "conquistado", assim fica melhor dizer que o 3º largo foi em artificial na integra.

Chegamos bastante rápidos à R3, onde coloca-mos mais uma chapa para a reunião.

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Acrescentar um ponto na 3ª Reunião,
com cara de maus...

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Mais um ponto para ganhar a fissura, sem extrema exposição.



 Daqui ganhamos uma fissura, chaminé, canal, que nos leva ao confortável "patamar das caravelas", 
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No canal do 4º Largo

Mais um pequeno largo de fissura, chaminé, canal e chegamos ao cume - foi o sexto dia..

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5º largo


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5º largo




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A tradição já não é o que era... Abrir via, sair por cima e descer ainda de dia?!





Fica o croqui.
Entretanto, ao sétimo dia [enquanto nós descansava-mos], a via teve a sua primeira repetição, pelo MC e Rodas. O segundo largo foi encadeado à vista pelo Rodas. Falta "livrar" o 3º Largo. Candidatos?!



10 anos no abismo

Abismo Branco - Há 10 anos a consolidar o Vº grau!

Foi com uma aventura nos Galayos, que a 8 de Outubro de 2004, inaugurávamos o Abismo Branco.

Ficam aqui algumas fotos para recordar como éramos "fufinhos"!













Muitas aventuras, alegrias e medos preencheram os nossos dias durante estes 10 anos, e que ficarão por muito tempo na nossa memória.
Mas foram as PESSOAS, amigos incondicionais, que permanecerão para sempre no nosso coração.
A todos abraçamos apertado. Obrigado pela companhia nesta viagem. Feliz aniversário!



understand? El coco...

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Sábado 10-01-2015
Foi preciso esperar até ao dia 10 de Janeiro para ir desejar uma feliz  festa de solstício ao coelhinho.
Começamos com um assédio à direta dos tetos. O primeiro largo é todo uma variedade de contorções e outras manhas circenses. Tentamos chegar rápido à travessia do teto, onde o MC queria brincar de Lynn Hill. As excelentes vistas e a qualidade fantástica da rocha, manteve-nos entretidos até ao por do sol. Demasiado quente este sol de inverno!  Rapelamos já no lusco fusco e fomos preparar o jantar.

Como tem sido hábito, turistas do hotel ávidos de aventuras, vêm nos visitar. Elogiam a qualidade do vinho e contam as suas aventuras.

Domingo de manhã, na tentativa de impressionar uma alta patente que andava por aquelas bandas, saio em jejum equipado com essa roupa da moda runér, e a muito custo faço o "meadinha ring". Trata-se de um trilho circular com cerca de 10km, com demasiadas subidas. Não impressionei ninguém, arrebentei as pernas e quase que chegava atrasado para o pequeno almoço.

Domingo 11-01-2015
Depois do pão com chouriço e de trocar a indumentária, começamos as negociações para eleger a via do dia. Foi muito renhido devido aos fortes argumentos da "Salo", da "Tia Mucha", da "Aplaudeme Nena" e do "Fosso do Lobo", mas acabou por ganhar a "S". A clássica das clássicas.
Ao MC faltava-lhe em livre o 3º e 4º largo.
A estratégia seria eu abrir o 1º e 2º largo e o MC ficava com o resto...
Entretido com as imagens na cabeça do Kevin e do Tommy numa parede parecida com esta que existe na América, até parecia fácil!
O segundo largo que apenas tinha feito de segundo de cordada, até correu muito bem. Fui andando, os meus dedos fininhos foram entrando nas pequenas fissuras. Já no final do teto na transição, comecei a bazarucar com os pés e a tremer todo por dentro, esboço um gesto para passar o dedo na chapa, mas temendo as consequências, volto atrás. Começo a olhar para a cintura, já sem chegar às cintas expresses nem nada, agarro um friend que estava mais à mão, passo o mosquetão do friend na chapa e respiro de alivio.
Alivio que durou pouco. Mal espreito o que me espera, sinto o baque seco do medo, um baque cheio de eco e ressonância. Penso em descer, lembro-me de truques antigos com unhas e estribos, e entre dentes digo mal do estilo ligeiro. Na reunião os companheiros de cordada não se apercebem de nada.

Uma cordada espanhola na via ao lado, apercebendo-se das minhas dificuldades falavam entre eles. Dizia o que estava mais perto de mim para os seus companheiros na reunião:
- Understand? ...el coco... - falava assim em estrangeiro na ingenuidade que eu não percebe-se. E repetia fazendo com o dedo indicador um gesto em espiral apontar para o capacete:
- Understand? Understand? ...el coco! - para que os seus companheiros "compreendessem" as subtilezas da mente naquelas passagens, e ficasse mais claro, o porquê das minhas dificuldades.

Dificuldades que foram diminuindo até à reunião. Pouco depois essa cordada ficou com a corda atascada e teve que rapelar, apeteceu-me dizer-lhes:
- Understand? troublemaking... - mas deixei-os ir, o MC atirava-se com vontade a um largo que tem também o seu "q" de "coco". Que com alguns tiques e tremeliques conseguiu encadear.
O 4ª largo, meteu-me muito medo, porque a reunião era apertada para dois. E estava mesmo a ver o MC a cair-nos em cima. Mas com as suas super nhunhas de crocodilo encadeia também este largo. Cansados, saímos pelo canal original.
Quero esquecer rápido aquelas dificuldades para podermos lá voltar, porque a via vale a pena.

A separar o metal para rumar a casa, vem despedir-se o visitante da noite anterior, a perguntar onde nos metemos de manhã. Que nos trouxe o pequeno almoço, mas não nos encontrou...

E aquilo meteu-me muita mais pena do que a via que ficou por encadear...


 kit para escalar na Meadinha
 Sérgio na 1º largo da Directa dos Tectos
Taia na 1º largo da Directa dos Tectos
MC na 1º largo da Directa dos Tectos
 MC no 2º largo da Directa dos Tectos
 Taia e Sérgio no 2º largo da Directa dos Tectos
Sérgio no 3º largo da Directa dos Tectos
 Sérgio no 3º largo da Directa dos Tectos
MC no 4º largo da Directa dos Tectos


 MC no 4º largo da Directa dos Tectos



 Sergio no 1º largo da "S"
  Taia no 1º largo da "S"
 Sergio no 2º largo da "S"
  Sergio no 2º largo da "S"

MC no 3º largo da "S"


Sérgio no 3º largo da "S"

MC no 4º largo da "S"


 No topo com caras de maus.

AB

sol poente . poios

http://clubemontanha-ffoz.blogspot.pt/2015/03/croquis-do-sector-sol-poente-poios.html?m=1

Informação sobre o setor e croquis.

MC+ - adj. | s. m. [ême cê plus]

Sábado 21 de Março.

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1º largo da "escaleras al cielo"


Depois de uma revisita ao primeiro e segundo largo das "escaleras ao cielo", consigo unanimidade em atravessar pela "Merlin", para a desconfortável reunião da "Directa a los techos". Numa frase trés vias!

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João e Rodas que entretanto chegaram

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2º largo da "escaleras al cielo"


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Rodas na "cuellitropo"

A "Merlin" está mais suja do que o rabo de um iniciante na meadinha. Aliás quase todas as vias precisam da limpeza da Páscoa. O MC disse-me, enquanto tentava colocar o primeiro friend, que um amigo nosso  tinha voado 4 metros nesta via, fui muito mais motivado.

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Zeza no início da "Merlin"



Começa com uma fissurinha muito boa para os dedos da Lynn Hill, que felizmente alarga pouco depois, para o camalote 0,5. Muito mantida e larga é preciso ir aguentando.

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A faltar 3 ou 4 metros para o final não aguentei mais... Um terrão mais solto abateu-se-me debaixo do pé e voei 2 ou 3 metros. Fiquei bastante chateado e barafustei com o MC, se ele não poderia ter dado mais corda, já que não saquei a via, poderia pelo menos ter voado mais!

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Damião de Góis de Espanha

Passando por esta emoção e chegando à tortura da reunião, vêm a Natália e o MC que queria dar mais um pegue ao tecto... Não conhecemos nenhuma escalada em livre a este largo e no croqui estava como A1.
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Um primeiro tiro para relembrar os passos. Um regresso à reunião, com uma trinca numa substância energética, dessas que se usa nas provas de trail running e por isso ainda não estão sujeitas a controlo anti dopping. E na segunda tentativa ZÁS.  Primeiro com serenidade na parte mais lisa, depois com grunhidos entremeados com patinadela.  Diz apenas: un sueño hecho realidad!
O que figurava no croqui de A1 passa a MC+. Um novo grau na escala nacional! Aparentemente fácil para quem vê de fora (o + é quando parece muito fácil), e possivelmente dura como cornos para quem a faz.

Para reduzir a energia acumulada da tal substância, fomos a uma via que estava ali mais à mão, a "corre caminhos".

Um espanhol que andava por lá, disse algo sobre alguém ou alguma coisa mais acima... Pensei que seria o Rodas e o João que andavam pela zona da "queles". Disse-lhe:
- hãaa.. são meus amigos.
- ?Son teus amigos? diles que metam un palo pelo culo....
- hãaa...?! -  o que fizeram eles pensei. Será que estão a ignorar as chapas? pouco depois percebi que afinal ele estava a falar da malta que anda a meter uns tubos. Dizia ele que estão a F#$"%& aquilo tudo...

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Na via seguiram a cordada João e Rodas, sem palo e sem rabo entre as pernas, ou seja com grande pinta. O Rodas no passo da crevasse deu-se ao luxo de saltar a pés juntos, as suas enormes bolas parece que não lhe pesam. Com a garra que lhe vi no olhar, creio que se não fosse a corda teria dado uma pirueta. Há malta imune aos carrachos do coelhinho!

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Descemos contentes e fomos ver o lobo embalsamado e comer posta à mirandesa para recuperar a pele.
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Domingo 22 de Março
Foge daqui e foge dali.

Eu e a Natália procurámos uma alternativa, nem muito dura nem muito quente, para fazer metros e relembrar o manejo das cordas. Optamos por um misto de largos a que chamamos "foge daqui, foge dali" mas mais uma vez está tudo bastante sujo. Quer na autopista quer na K.K. já abundam as silvas.

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O MC juntava-se ao João e ao Rodas e foram para os lados da "mutantes".
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Tendo o MC faturado mais uma vez com uma dose de "carrachos corrosivos".







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Novos clássicos.

Numa iniciativa do 100 - clube de escalada da maia e do CMFF - clube de montanha da figueira da foz. Tive o prazer de, em conjunto com o Bruno  e o Chico,  partilhar aventuras verticais  com seis novos clássicos.
No fim de semana de 12, 13 e 14 junho estivemos em Penacova.
Alojados no pavilhão do Capitão Dureza durante a noite e pendurados pelo quartzito da zona durante o dia.

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João a cuidar do Pedraços
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Chico e C.O. à espreita da via Penta...elho
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Ana e Shell no patamar, com o Bruno à espreita.
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João
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João no momento da abertura da "rockies das faturas"
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Shell a abrir.
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C.O., Pedraços e Chico
Ao Terceiro dia, na carvoeira oeste (por cima do penedo do cemitério) nasceram dois novos largos abertos pelo João Duarte e por mim:
- rockies das faturas, V, 15mts
- Pérola do mondego, V, 15mts
Ficam ambas à esquerda da "via norte" e estes largos começam do patamar da R1. A "rockies das faturas" pelo grande diedro/chaminé à esq. e a "Pérola do mondego" entre as duas, pela placa começando no tetinho do esporão e derivando para a esquerda.

Foram ambos limpos, abertos e encadeados ao mesmo tempo e no melhor estilo com o João como cabeça de cordada.
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Os dois largos à esquerda da via norte. O L1, são cenas de um próximo post...
No fim de semana seguinte, 20 e 21, a mesma equipa rumou aos proibidos montes hermínios. Onde  ávidas de aventura, várias cordadas enfrentaram os seus temores. Primeiro na parede oeste do cântaro e no dia seguinte no sector "o pastor".

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a fauna local...
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C.O. no L1 da "frouxo feliz"
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pedraços no L2 da "frouxo feliz"
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C.o. de segundo no L2 da "frouxo feliz"
Domingo - Sector o Pastor
A Natália aproveitando uma distracção minha, fez cordada com o MC, e na "quase virgem" parede norte do cântaro abriram a "Ensaio Sobre a Cegueira", uma via de artificial fino e de colocações delicadas.


Ensaio sobre a Cegueira - Serra da estrela

Como foi referido abandonei o meu companheiro habitual de cordada e fui juntar-me a malta já esclarecida que se dirigia para a parede NORTE do cântaro magro, na Serra da Estrela.

Depois do sobe e desce, trepa e destrepa lá chegamos ao legado prometido: a parede sem sol, sem vias abertas (apenas uma do Roxo)...

As cordadas estavam difíceis de definir, estavamos eu o MC o Toni e o João Fernandes. Entre palavras curtas lá fiquei com o MC, sempre estava mais habituada.

Má sorte a minha, ele meteu-se numa linha estética, muito dura e pouco escalável. A outra cordada foi para o outro lado do quintal e abriram a Mija-dela.


MC no início do 1º largo

MC na sequeção mais dura do 1º largo.

 MC no início do 2º largo, a testar o pequeno material 


 Os nossos companheiros tiveram uma consulta em Coimbra, e lá desertaram.


 MC a sair em livre, depois de se ter empapado no verdadeiro artificial



 A foto do cume, mas falta o Marco Cunha, grande via meu senhor, esteve muito bem. 


O  (pa)rack usado na secção de artificial do 2º largo.

O rack completo para o 2ºlargo da via.

 No final o jantar do zimbro entre amigos, bem merecido.

O croqui de bolso, ideia original e patenteada por MC

A Pérola do Mondego

Como não há duas sem três decidimos repetir o itinerário nos dois fins de semana seguintes.

Assim a 28 de Junho, passamos por Penacova para terminar a "Pérola do Mondego".
Começamos por ir à "Via Norte".

Sou da opinião que abrir uma via é de baixo, incluindo a limpeza, as "buchas" que se colocam, etc, etc.
Mas há excepções para tudo! E neste caso ao rapelar a "via norte", em detrimento de um estilo mais puro, optamos pelo conforto e por alguma segurança relativa, assim retiramos do largo que iríamos abrir alguns microondas e terrões.

O largo que abrimos e encadeamos resultou num estético e aéreo 6a.
 - Pérola do Mondego, L1 6a 40mts, L2 V 15mts. João Duarte, Natália Pereira e Sérgio Sá 14 e 28/6/2015

No final fomos lavar a terra dos olhos, as mazelas do corpo, nuns ricos mergulhos no mondego. Aproveitando a limpeza lavamos também a garganta com umas cervejas fresquinhas.



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Natália à frente no L2 da Via Norte




Article 0

Naqueles dias do antigamente completamente viciados em ervas daninhas, fomos no fim de semana (da "postagem" anterior) ao Zimbro, era o de 3, 4 e 5 de Julho.
Desta vez com o MC e o Rodas.
Sábado dia 3 repetimos com sabor a nova abertura a esquecida e abandonada, "via rápida", uma via do Miguel e do Paulo Alves de 87. Uma via de 3 largos, muito muito aérea, com grande ambiente e frigoríficos suspensos. Fica à esquerda da "Via Nossa", e começa num patamar abaixo do acesso normal ao anel superior da oeste do cântaro. Ou se faz um rapel, ou se vai à volta numa caminhada de 15min. Enquanto isso à nossa esquerda o MC e o Rodas acabavam de limpar e encadeavam a "E.U. por um palito".

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Ainda no sábado caminhamos mais para norte e abrimos o primeiro largo de um diedro muito engraçado. O Sol começava a esconder-se no horizonte, e num exército de milhares, as melgas começaram atacar-nos por todos os orifícios. Foi difícil de controlar a situação. Mas com o cair da noite, contamos todos e tirando os mortos e feridos, constatamos que felizmente não havia baixas a registar.

No Domingo voltamos com coragem e terminamos a fantástica "Armelgaddon" v+, 60mts.
Ainda houve tempo para abrir mais uma linha ao lado, a "morteiros" 6a, V+, 60mts.
O Mc e o Rodas abriram à esquerda a "Prova Cega" 6b/a1+ ou 6b+/c?, 60mtrs.
Aqueles dias calorosos e bafientos, transformam os mais duros nuns molengões com cheiro a cavalo! ou pior ainda, a surfista de chinelo d'abeira mar.
Fica aqui o roteiro, de uma zona  com vias para vários gostos, completamente à sombra e a quase 2 mil metro de altitude. É ir, provar, escovar (mais um pouco) e de certeza irão gostar.



IFSC - Soure/Portugal - live streaming

Felizbela livre!


Serra da Estrela

23, 24 e 25 de Junho visitamos os montes hermínios, o mc e outros amigos.
Na Sexta chegamos já depois das 16h e fomos a uma via grande na face sul. A Felizbela, que tinha um largo por libertar das amarras do artificial. Sentindo-se o mc com boa disposição e nós com vontade de fazer metros, reunimos as vontades e lá nos metemos. Divertidos fizemos todos os largos em livre ficando o 2º largo, até então de A0, de 6c do mc (ou mais digo eu).
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croquis retirados do blog: http://rppd.blogspot.pt
A "parede das damas", conta com largos de excelente qualidade.  Mais informações em http://rppd.blogspot.pt/2014/05/a-parede-das-damas-c-erca-de-250-metros.html




Acabamos já de noite um bocado propositado, quer por saborear-nos lentamente a escalada, como se de um bombom se tratasse. Quer por uma certa nostalgia das boas tradições do antigamente, não fosse o nosso lema: "Never stop troublemaking"!

E continuando na nostalgia, seguiu-se uma "cimeira", mostrando-se o mc um bom anfitrião já com tiques de serrano.
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Sábado acordamos todos muito moídos. Fomos até à face oeste à procura de alguma frescura. Há muito que a "índios" e a "cowboys", estavam na lista de desejos. O Mc já tinha ido à índios, por essa razão fomos à COWBOYS.

O mc saca o primeiro largo à base do número um (ouvia-se pela parede acima: hum, hum, um, um, um...).









Vou muito empenhado em sacar o segundo largo que estava muito muito sujo! Depois de longa luta, e já na parte final, sinto um pé que tinha esborrachado contra o vivo de um diedro a deslizar ligeiramente nas ervas até que apanha um bom apoio: - Era um piton! Ainda tentei ignorar esta batota, mas um bocadinho mais acima uma placa muito suja com um buril ferrugento acabaram comigo e fiz o resto em livre de preconceitos.


Já estávamos todos com sede, mas ainda parecia mal aparecer no tasco pelo que fomos empatar para mais uma via. Desta vez repetimos a "chaminés estreitas" que correu muito bem, excepto para a natália que foi atacada por um Amelgaddon!, A via tem um segundo largo do melhor que conheço para o grau! um V+ cinco estrelas.





Agora sim, ainda com mais sede, fomos depressinha ter com a Daniela e o Roxo, que já nos esperavam no David com um verde fresquinho.
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DOMINGO
No domingo fomos conhecer o cântaro raso, no qual "não tínhamos escalado muito, aliás NADA" como explicou o mc.
Largos de aventura de boa qualidade, com uma aproximação confortável. Que mais podemos desejar?
Fizemos a "Apertadinha", que achamos muito gira e divertida.

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croquis retirados do blog: http://rppd.blogspot.pt







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Novas AVEr/nTURAS!






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Mc na "direta ao raso", ao fundo Daniela e Roxo abrir nova via!
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Sr. Fernandes e Tiago de segundos


Livro dos Actos dos Apóstolos 9,1-20.

E, indo a caminho da Meadinha, aconteceu que, comendo um damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra gritou: Quem és, Senhor?  E ouviu uma voz que dizia:  Salo, Salo, por que me persegues?

20 anos depois!




Em 1997 a moda não eram as meias de lá nem a boina de pastor, mas como o meu "swag" era ser anti-moda, naquele tempo abusava mais do que hoje. Permitia-me apenas conjugar com alguma peça a cor do cordino de 8mm atado com duplo pescador, que levava de bandoleira - para a escola e tudo!

Foi também em 97 que fui de excursão (não confundir com expedição) aos Picos de Europa. O professor que me levou era casado com uma professora que levou a Natália. Pertencíamos a dois clubes que às vezes faziam actividades conjuntas (escalada e canoagem). O Ar Livre de Santo Tirso e o Clube Aventura de Vizela.

A fatalidade do destino fez-nos voltar várias vezes aos picos. A última vez demos por nós a pernoitar em Cain (ruta del cares) e sem ter-nos programado como por telepatia quando acordamos disse-mos um para o outro: "Olha Ruta del Cares, estamos em 2017 e estivemos cá em 1997, faz 20 anos!" que por outras palavras é como se dissesse-mos "Amei-te por séculos durante estes 20 anos!".

Depois fomos muito carregados, escalar uma pedra muito alta, que fica muito longe, mas essa é outra história.

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Heidi - A menina das montanhas.


O propósito inicial deste Blog foi o registar, como num diário, as nossas aventuras no mundo vertical!
Para que o esquecimento não apaga-se os momentos mais ou menos felizes, que constroem a nossa história.
Tempos passaram, outras aventuras e compromissos, também alguns constrangimentos, pela tomada de consciência de que o Abismo Branco, já não era o nosso "diário", mas um Blog lido, fez com que as memórias aos poucos fossem menos registadas e que  as "postagens" neste Blog fossem cada vez mais esparsas. Temo que algumas foram já esquecidas e sinto-me por vezes com uma nostalgia constrangedora e nesses momentos sou impelido a resgatar das frágeis amarras da memória, algumas aventuras que ficaram por contar.

Quero fazê-lo sem humildade e sem pudores, qualidades aliás que se destacavam no blog, tal como a qualidade dos relatos variava em proporção inversa à das vias, e as desventuras e ensarilhadas são o mais apreciado.

Vou começar por resgatar uma aventura nos Alpes em 2015, por onde andamos 24 dias!


Segundo a estatística a esperança de vida média do "português" são 29 354 dias! Gostava que pelo menos 1000 dos meus dias fossem passados na terra da Heidi. Muito influenciado pelas "Etoiles et Tempêtes" do Gaston Rébuffat (talvez o mais romântico dos escaladores) fomos aos Alpes em 2015.




Esta aventura começou a 11 de Agosto de 2015 quando apanhamos o Rodas na estação de comboios de Lousado.


Devido a alguns imprevistos no trabalho já estávamos atrasados dois dias em relação ao inicialmente previsto, o que deixou em pé os cabelos do Marco Cunha, que já se encontrava por lá. Nisto das montanhas no estrangeiro, segundo teorias dele, as janelas de bom tempo não se podem perder. E pelo ensimesmado que o encontramos quando lá chegamos dois dias depois, certamente já tinham passado várias dessas tais janelas.




Para nós era tudo novo e espectacular, e tínhamos inusitadamente muitos dias pela frente! Podemos até começar a ambientar-nos pelo "franguinho de churrasco", nome carinhoso para escalada desportiva, pela facilidade que aporta em contraste com "gastronomias" mais requintadas.




Começamos por conhecer Mont-Dauphin, um local muito pitoresco, que conta com cerca de 100 vias de escalada em Conglomerado, para todos os níveis. Muito bom para iniciação, bem equipado e com muitas vias fáceis: placas, verticais, diedros, extraprumos, de tudo um pouco. Dispõe de estacionamento fácil e menos de 10 minutos de aproximação para qualquer dos sectores. Para além de oferecer quase todas as orientações. Está a cerca de 1000 metros de altitude e é ideal para primavera / verão / outono. Existem supermercados, cafés e padarias perto. Ficamos a dormir na carrinha e não houve nenhum problema, embora não saibamos se é permitido ou não.






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Rue de Masques












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Há festa na aldeia!


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Apartheid.







No segundo dia assistimos desde o vale a uma tempestade Assustadora nos Écrins! Felizmente estávamos cá em baixo, mas é indescritível a violência. parecia que estavam a explodir montanhas.



Então os Alpes são lá em cima depois daquelas enormes nuvens negras! Pensava eu com os meus botões.




No Terceiro dia viajamos para a zona de Grenoble, onde havia mais frango de churrasco e o MC iria ter com uma amiga Lisboeta, que talvez inspirada pela história da Heidi, veio ter com uma amiga que falava francês chamada Véronique.


Não longe da cidade de Grenoble à qual se pode chegar até de avião, existe Presles, tudo isto ainda em France.



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La plus belle falaise du mode, aprés falaise du barre.















De Presles há quem diga que a par da Escusa é Une des plus belle falaise du monde! E de facto as grandes marmitas calcárias até perder de vista, faz lembrar um filme do Cameron num planeta alienígena qualquer. Acrescentar à bela paisagem existem uma grande quantidade de sectores de qualidade internacional. São talvez milhares de vias. Nós começamos por Tina dalle.


A 16 de Agosto já andávamos com os olhos em bico de tanto arroz (com franguinho de churrasco), desta vez em Choranche. Balme Étrange, Partie Centrale.



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Mesmo com a qualidade excelente e a companhia ainda melhor, sentíamos uma inquietação de quem ainda não tinha visto os Alpes a sério. Então ao sétimo dia da nossa aventura, em vez de descansar-nos, apontamos à Aguja Dibona.




17 Agosto - Aguja Dibona.



Subimos com o Mc e o Rodas, eles iriam a uma via apenas protegível com material móvel, "Madier". Nós talvez inspirados por tanta desportiva, talvez por não querer transportar demasiado ferro, optamos por uma via de "desportiva".

Ver a Dibona pel primeira vez é surpreendente, um misto de deslumbramento com incredibilidade. Uma pirâmide que se vai afiando até ficar numa
agulhinha fininha e esticada. Isto lá longe, no alto, no meio das montanhas, de uma forma majestosa e destacada. 








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"A melhor via de 6a da Europa!!!"







Sobre esta agulha disse Gaston Rébuffat: "Esta aguja es un monumento de piedra para la humanidad por la tierra y el tiempo, una extraordinaria escultura en el cielo, la luz y el silencio de Oisans. Los mismos logros de los escaladores en otra montaña no serían tan bellos. Esta aguja fue la pregunta, escalarla, la respuesta."O cenário era o ideal, o itinerário: Visite Obligatoire, 12 largos, completamente equipados e quase todos de 6a. Aliás "o melhor 6a da europa" como alguém descreveu esta via!
Chegamos ainda não tinha caído a noite, tivemos tempo de montar tenda e cozinhar, apesar dos efeitos da altitude fazerem-se sentir e influenciar negativamente o apetite.

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O MC e o Rodas, adentraram-se no refúgio Soreiller, e vieram de lá com a informação de que estariam mais de 5 cordadas para a "Madier" pelo que também iriam à "Visite Obligatoire"...

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Tudo seria lindo num ambiente fraterno de amizade e partilha mas eis que a testosterona alterada pela altitude, e talvez inspirados pelos confrontos do Ueli Steck, Simone Moro e Jon Griffith com os Sherpas. Criamos ali no sopé de via uma quezília bastante dramática ao estilo de Orliwood. Discutíamos sobre qual a cordada que começaria primeiro, ou quem seria o primeiro atirar a primeira pedra.











Este incidente ofuscou parte da satisfação da escalada, naquele momento não tive percepção, mas depois de todas as euforias das férias senti-me profundamente marcado, pelo quão injustos, cruéis e até desrespeitosos poderemos ser no meio da vaidade que é a escalada.

A "Visite Obligatoire"é um hino à escalada, uma dança num palco de granito alaranjado de excelente qualidade. Apesar de totalmente equipada é necessário subir bastante para avistar a próxima “chapa” que permita a proteção e algum conforto para o cérebro, que acaba por sair mais cansado do que o próprio corpo. A exigência de navegar acima do ponto sem muita margem para erros, uma queda daria para bater muitas vezes as asas, a exigência da leitura constante do “melhor” caminho porque alguns desvios do itinerário disparava imediatamente o grau, só era temperada pelas grandes vistas e pela coreografia da escalada em si. Movimento específico da escalada em granito, com os seus cruzamentos em aderência e passos de vírgula no limiar do equilíbrio.

A parte final extremamente “alpina” com a sua aresta tipo fio de navalha, e o rappel curto (pelas traseiras), são a cereja em cima deste delicioso bolo. Esta via é um “must have” para qualquer escalador mais desportivo mas com sede de aventura, obrigatório que tenha o “Vº” bastante consolidado e o anexo que fica por baixo do capacete bem mobilado! 











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Framboesas selvajens para recarregar energia.









No dizer do Gullich a escalada só termina com o café, não havendo este para nós também serve uma cerveja fresquinha, ou um trago de vinho, qualquer coisa em modos de “Olá mundo civilizado! voltamos vivos..” e é que sabe mesmo bem. Aliás creio que é o culminar de onde a escalada em montanha sabe melhor. Olhada da segurança do vale de uma forma contemplativa e nostálgica.

O contingente tuga continuava a crescer e porque estávamos na zona dos Écrins a bússula de escalador apontava para a Meije, uma muralha muito muito alta de pedras coladas com gelo que está a derreter, uma mistura explosiva, que teríamos muito gosto em provar, não tivéssemos nós ainda a barriga cheia.
Por esse motivo ou outros mais obscuros, decidimos não subir com os intrépidos camaradas, mas permanecer no vale mais um dia e subir no dia seguinte só para ver as vistas.












continuará... (?)

Vitrúvio - Douro Internacional.

Alguém outrora descreveu o "picón de la carrocera"como a maior parede portuguesa em terreno espanhol. E de facto Olivensa não é tão nossa quanto esta mole granítica que estando do lado de lá, é de costas para Castela que decidiu repousar, fincando os pés no rio Douro e erguendo-se hirta mais de 300 metros.



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O Parque natural Los Arribes del Duero, homólogo do Nosso Parque Natural do Douro Internacional, apesar de mais recente do que o português tem uma gestão mais madura, permite por exemplo a escalada fora da época de nidificação entre 1 de Agosto e 15 de Janeiro, sendo respeitada a privacidade para os passarinhos namorar na época em que a natureza a isso convida.



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Também natural feito passarinho livre era a minha vontade de voltar a esta monumental parede depois de a ter conhecido com o Marco Cunha na primeira repetição da "Terra de ninguém", uma aventura que gostaria de um dia contar aqui.



Ainda na "Terra de Ninguém" pensava para com os meus mosquetões - tenho que arranjar forma de convencer a Natália a vir cá. Ela vai adorar isto! - mas com nomes de código enigmáticos como: "A2 (6b/A1+)", "A1 (7a)", e os temíveis "E.T. 4+" não seria tarefa fácil.


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A estratégia foi um envenenamento gradual em doses ínfimas, com uma periodicidade que não permitisse esquecer, mas também não saturasse. Por vezes uma foto, outras um suspiro, uma pequena descrição de uma passagem ou sensação. A jogada mais decisiva consistiu em arranjar um nome de código mais amigável: "Vitrúvio 345 metros 6b" visto assim parecia bastante aceitável. Relembrando claro, de uma forma oportuna, do curriculum e "d'um saber só de experiências feito" em outras vias mais musculadas e de maior envergadura."Quase" todas bem sucedidas e por tanto haveríamos de sobreviver.


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Natália convencida e motivada apenas faltava encontrar uma data que no contexto de chuvas e (demasiados) compromissos não foi tarefa fácil. Com a agravante de aproximar-se o final do ano e nós habituados a dar uma margem extra aos passarinhos, não vá haver um passaroco com uma líbido mais precoce, gostamos de uma época mais apertada de 1 de Setembro a 31 de Dezembro.


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Dia 8 de Dezembro na previsão alargada não trazia muita chuva, e mais do que a ajuda meteorológica, estava aquele buraco imaculado em branco na agenda. Faltava uma semana, tudo em cima, e por acaso de outros compromissos cruzamo-nos com o Senhor João Évora. Que de algum tempo manifestou vontade de encordar connosco numa via grande qualquer, pese nesta vontade algum envenenamento paralelo que tive o cuidado de distribuir caso alguma das partes falha-se num receio de última hora, coisa que acontece com alguma frequência a quem sobre abismos pouco desportivos se gosta de aventurar.

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- Caro amigo a tal viagem ao Douro é para a semana… - com um brilhozinho nos olhos e de sorriso rasgado respondeu - Bora lá! - E foi com aquele sorriso que soube naquele instante que a aventura estava ganha. Saímos na sexta parando apenas em Carrazeda de Ansiães, para carregar baterias.


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Pernoitamos no parquinho que dá acesso ao miradouro e de manhã sem madrugar em demasia, enquanto saboreamos o pequeno-almoço, organizamos o material. Estava tudo bastante húmido, mas o frio não era tanto como o expectável para dezembro, pelo que decidi poupar na roupa a carregar, apenas t-shirt térmica, sweat, polar, penas e um impermeável. Apesar da via ser relativamente curta e a dificuldade anunciada não ser “da demorada”, levamos uma manta térmica, 2 litros de água e comida, tudo isto a multiplicar por 3 que distribuímos por 3 mochilas, não fosse caso de noite ou outra escuridão nos abrandasse o passo.


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A descida pela “Floresta de Bornéu” assim batizada pelos intrépidos conquistadores: Paulo Roxo e Miguel Grillo, é uma paisagem densa e húmida tipo filme “Predador”, mas mais abrupta. Não dá para enganar, pois como me disse uma vez o Marco Cunha é como um Fosso do Lobo, uma espécie de funil em que vais andando e vais-te encurralando, até que chegas lá.

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A referência no croqui para o início da via é uma árvore “gordo! gordo”, mas o teto em travessia do segundo largo é uma referência ainda melhor.

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No L1 começamos logo a patinar em alguma “erva tração” em várias viras para contornar algum caos de blocos, tudo de imediato bastante vertical. Numa das passagens repousando num dos famigerados terrões “ampulheta de 15 segundos” demorei mais do que a conta creio que 14 segundos para ser mais preciso, saindo no último instante e compenetrado em tentar organizar o caos envolvente e o frio dos ossos, esqueci-me de avisar os companheiros de cordada, que o pé da natália como se de pisar uma mina terrestre se tratasse, foi voo para o vazio imediato que retesou a corda num estalo seco como um galho a partir e colocou de sobreaviso os necrofagos esfomeados.

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O L2 é talvez o largo mais estético de toda a via, uma travessia para a esquerda numa fissura por debaixo de um teto, que descreve um arco, começa-se a subir e depois à que descer, em equilíbrio com os pés em pequenos grâtons, pouco físico mas tão técnico quanto estético.


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Os restantes largos percorrem canais, diedros e chaminés evidentes de um grande traço diagonal que rasga de cima abaixo quase todo a “carrocera”.

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No meio destes canais e com uma previsão de tempo sobrado pois igualava-mos o sol em boa altura, questionamos o Senhor Évora se queria ir à frente num largo, que logo anuiu. Receios infundados que mais largos abrisse mais depressa chegaríamos, que o Senhor é veloz como uma lebre e trepa como um cabrito.

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A cereja em cima do bolo estaria no último largo, que por subestimar os 90% já feitos ou se por ansiedade do aproximar do topo, esqueci-me de algum material e a totalidade das fitas, uma lastra oca de 20 metros onde não dá vontade de proteger com friends por risco de desprendimento da mesma, aqui as fitas teriam dado jeito, seguida de uma travessia em placa fina proteção num entalador pequenino, para uma saída final de mais uns 10 metros em placa lisa em apneia.

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Uma boa via para quem não quer ficar
em casa e quem sabe de “iniciação”
nas lides do Douro.
Excelente companhia, a repetir, a companhia quanto ao Douro há que voltar! mas agora só lá para Setembro, e quem sabe a outra via...



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